Não sei se sou um animal ou deveria me comportar em prol de melhores relaçoes pessoais
Meu amigo Pelúcia (casado, hetero, e não fui eu quem colocou o apelido) me mandou esta, que me fez refletir. Porque eu invado a casa dos outros mesmo. Quem sabe eu deva aprender. QUINDINS NA PORTARIA Martha Medeiros Estava lendo o novo livro do Paulo Hecker Filho, Fidelidades, onde, numa de suas prosas poéticas, ele conta que, antigamente, deixava bilhetes, livros e quindins na portaria do prédio de Mário Quintana: "Para estar ao lado sem pesar com a presença". Há outras histórias e poemas interessantes no livro, mas me detive nesta frase porque não pesar aos outros com nossa presença é um raro estalo de sensibilidade. Para a maioria das pessoas, isso que chamo de um raro estalo de sensibilidade tem outro nome: frescura. Afinal, todo mundo gosta de carinho, todo mundo quer ser visitado, ninguém pesa com sua presença num mundo já tão individualista e solitário. Ah, pesa. Até mesmo uma relação íntima exige certos cuidados. Eu bato na porta antes de