Série Instrumental - BH Unimed - de surpresa na sexta à noite

Ultimo dia visitando os colegas da já ex-empresa, depois de almoço no Fogo de Chão com muita caipirinha e overdose de carne, deu aquela canseira. Desisti de sair para tomar alguma coisa num boteco. Entrei no MSN e a Lulu disse que sua mãe ia com o namorado no concerto e tinha um ingresso sobrando. Topei, mesmo sem conhecer as pessoas que estariam indo.

Arthur Moreira Lima abriu a noite com a Cantata de J.S.Bach Jesus, alegria dos homens, em um super piano de concerto Steinway & Sons. Soava como uma pequena orquestra de violões, como é que ele consegue fazer isso? Depois arrasou com o vigor da Polonaise de Chopin. Parecia um exército em marcha acelerada, aqueles 58 dedos que ele parecia ter, para tocar tanta nota. Depois deve ter tomado um Rivotril para desacelerar e suavemente nos presentear com a Sonata em C#m em tres movimentos (Adagio, Allegretto e Presto) de Bethoven ou mais conhecida como Sonata ao Luar. Encerrou a primeira parte com Villa Lobos, O Trenzinho Caipira e Polichinelo.

O intervalo foi curtissimo, mas eu saí correndo e consegui pegar uma Heineken long neck por quatro reais. Que absurdo!! Qualquer teatro por aí uma bebida tem que custar três vezes isso. No Royal Albert Hall em Londres acho que pagamos, eu e o Pedro, uma oito libras cada um, nem lembro o que tomamos. Enfim...

A segunda parte, aquela figura de fraque começou com um tango brasileiro, Odeon, e uma peça cômica, só nas notas bem agudas, Apanhei-te cavaquinho. Mas o ponto alto foi Adios Nonino, de Astor Piazzola. Só de escrever aqui, me arrepia de novo. Que coisa espetacular. Se meu enterro puder ter música, essa que eu quero. De chorar, e alegrar, uma coisa profunda sem explicação.
Para encerrar interpretou o Hino Nacional Brasileiro, como um concerto à parte.

Parabéns, pinanista, tu és ESPETACULAR!!!

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